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EDITORIAL

Por Alexandre Valério

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Para convencer os filhos a não desperdiçar a comida no prato, algumas mães dizem: “pense nas crianças da África”. Parece uma ideia boba. Afinal, como o fato de alguém daqui no Brasil deixar ou não de comer algo vai influenciar as bocas famintas do outro continente? Bem, a verdade é que de certa forma influencia sim. Segundo dados das Nações Unidas, quase um bilhão de pessoas passam fome no mundo.

 

Em contrapartida, mais de 30% em média da comida do planeta é perdida. E isso é uma aproximação grosseira. Existem países que desperdiçam bem mais. No Brasil, a perda ocorre principalmente na etapa de produção e transporte. Diante dessa situação e levando em conta que nosso país é um dos maiores exportadores de insumos alimentícios do mundo, vem algumas perguntas: Por que há tanto desperdício? O que tem sido feito para diminuir ou mitigar essa perda? Como isso nos afeta?

 

Levantado esses pontos, compreendemos que seria necessário analisar toda a cadeia. Em outros termos, percorrer o ciclo de vida dos alimentos: desde a produção, passando por transporte, distribuição e consumo, para enfim ser descartado. O tema é amplo e complexo. A pesquisa é aquém do que deveria ser, em virtude dos efeitos que o desperdício gera, tanto nos aspectos socioeconômicos, como nos ambientais.

 

Nós, então estudantes do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará, decidimos abordar o tema em uma produção audiovisual. Ela compõe parte dos projetos para as disciplinas de Radiojornalismo II, Telejornalismo II e Jornalismo na Internet. Neste site, você terá acesso a reportagens e a um documentário (divido em capítulos) produzido no decorrer do semestre. Esperamos que, ao entender a amplitude do desperdício e seus efeitos, esteja convencido a entrar na batalha pelo uso consciente dos alimentos.

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